A lesão muscular acontece quando o músculo é sujeito a uma força brusca de compressão, que pode ocorrer devido a um golpe direto.
Ou por um estiramento, em que o músculo passa por uma tração excessiva, causando uma sobrecarga das miofibras.
Em consequência disso, o músculo se rompe nas proximidades da junção miotendínea.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), grande parte das lesões musculares acontecem no meio esportivo, entre 10% e 55% dos casos.
Continue a leitura do artigo para saber mais sobre o tema.
Entender e tratar as lesões musculares de acordo com seu tipo é fundamental, uma vez que os músculos são os únicos responsáveis pela geração de força, com capacidade de produzir movimentos.
Em outras palavras, os músculos realizam a contração, transformando a energia química em trabalho mecânico.
Como já foi dito, as lacerações musculares e contusões são decorrentes de traumatismos diretos, o que acontece muito nos esportes de contato.
Já os estiramentos são lesões musculares que acontecem de forma indireta, que é muito comum nos esportes individuais que exigem grande potência muscular.
Para que você entenda melhor, listamos a seguir os principais tipos e características das lesões musculares:
Contusão muscular: decorrente do trauma direto, a contusão muscular provoca imediatamente um processo inflamatório, causando os seguintes sintomas:
Vale ressaltar que os músculos em que as contusões acontecem com maior frequência são: gastrocnêmios e quadríceps.
Dor muscular tardia: geralmente, esse fenômeno acomete as pessoas que passaram um período inativos e voltaram às atividades físicas com uma intensidade desproporcional ao seu condicionamento físico.
Dessa forma, surgem sintomas como dor e desconforto poucas horas depois de finalizar o exercício físico, mas podem aumentar de intensidade em torno de 24 a 48 horas.
Laceração muscular: esse tipo de lesão muscular é resultado de traumas graves, que são em sua maioria mais penetrantes e acomete com menos frequência os adeptos dos esportes.
Estiramento muscular: esse é o tipo mais comum de lesões musculares e atinge muito os membros inferiores dos esportistas.
Por esse motivo, resultam, na maioria dos casos, no afastamento de seus treinos, devido a dor, a redução do rendimento e a limitação funcional.
Caracterizada pelo alongamento das fibras, ultrapassando os limites normais (fisiológicos), o estiramento muscular é considerado um tipo de lesão muscular indireta.
Inicialmente, os primeiros sinais da lesão muscular são uma dor inesperada, com intensidade que pode variar de leve, moderada e forte, além de alguns estalos audíveis que podem acontecer com certa incidência.
Ademais, as lesões musculares surgem a partir de movimentos mal executados durante uma corrida, arremesso e salto, causando sua interrupção.
Desse modo, a dor pode seguir por todo o músculo lesionado, ficando ainda mais intensa quando houver a contração ativa e o alongamento passivo.
Durante o exame físico, o edema pode ser revelado, como também o aumento da tensão do tecido nos arredores e ainda com chances de ocorrência de um defeito visível ou palpável, como uma depressão local.
Em casos mais graves, é comum aparecer uma mancha de sangue (equimose) ou hematoma, mostrando que houve um sangramento no tecido.
A incapacidade de movimentar a articulação é caracterizada pela contração contra resistência evidencia dor local e impotência funcional.
Durante a consulta com o Ortopedista, o profissional vai dizer se há a existência de lesões musculares com base no histórico do paciente, do exame clínico, podendo ainda ser complementado por exames de imagem.
Os diagnósticos por imagem como o ultrassom e a ressonância magnética são essenciais para um diagnóstico mais preciso de uma possível lesão muscular, facilitando o prognóstico.
A prescrição do tratamento será baseada nos objetivos traçados pelo profissional, sendo os principais deles, controlar a dor e o processo inflamatório.
Consequentemente, a redução de espasmos musculares, assim como ajudar o processo de regeneração e reparação tecidual.
Ao longo do tratamento recupera-se de forma progressiva a flexibilidade, a função contrátil, e ainda a restauração da funcionalidade normal do músculo.
Por fim, são realizados esforços a fim de minimizar a possibilidade de novas lesões musculares, bem como preparar o paciente para a volta às atividades em sua melhor condição.
Para isso, pode-se lançar mão dos seguintes tipos de tratamento:
Medicamentos: para o controle da dor, da inflamação e dos espasmos, é muito comum o médico prescrever analgésicos, miorrelaxantes e anti-inflamatórios não esteroides.
Lembrando que o uso desses remédios deve ser por períodos curtos, conforme orientação do profissional.
PRICE: o método PRICE leva em consideração os seguintes aspectos (proteção, repouso, gelo, compressão local e elevação do membro lesionado), para o tratamento da lesão muscular em sua fase aguda.
Fisioterapia: trabalhar todas as consequências decorrentes das disfunções cinesiológicas funcionais decorrentes do processo patológico.
No momento da consulta, é natural que o paciente faça algumas perguntas ao especialista para entender melhor se problema, tais como:
Certamente, os desconfortos e a dor causada pelas lesões musculares, podem causar grandes problemas para o paciente.
Portanto, o primeiro passo é evitá-las, mas se isso não for possível, o melhor a se fazer é procurar um profissional especializado.
De tal forma que possa prescrever o melhor tratamento para o seu caso, permitindo assim que volte o quanto antes às suas atividades do dia a dia.
No entanto, para que isso aconteça da melhor maneira, é preciso que haja confiança no profissional e que suas orientações sejam seguidas corretamente.
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